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OBJETOS TRANSICIONAIS

  • Foto do escritor: trattoclinica
    trattoclinica
  • 22 de jul. de 2016
  • 2 min de leitura

O bico, os paninhos, ursinhos de estimação conhecidos como maninhos, possuem uma função muito importante. Na verdade são como “âncoras emocionais”, e que dão segurança às crianças.

Esses objetos, são chamados pelos psicólogos como “objetos transicionais”.


Ajudam as crianças a aceitarem o fato de independência da mãe. O brinquedo de estimação é a primeira coisa que a criança percebe que lhe pertence, É uma ponte entre ela e o resto do mundo. Até por volta do terceiro mês, o bebê é totalmente egocêntrico: acredita que a mãe faz parte dele, como uma espécie de apêndice que está ali para suprir suas necessidades. Se ela demora a mamadeira por exemplo, isso é muito natural, a criança vai se dando conta que não basta chorar para ter o alimento. Como guarda na memória experiências agradáveis de atenção e carinho, aceita esperar um alívio temporário. Com o tempo descobre outros objetos com a mesma função (suportar a ausência da mãe).


CERTEZA DE BONS SONHOS

A capacidade de transferir o sentimento de segurança transmitido pelos pais para um objeto fora dessa relação é um estágio importante no desenvolvimento infantil. Quando a criança dorme com um objeto de estimação e o encontra ao acordar, percebe que nem tudo que sai de seu campo visual desaparece para sempre. Assim a mãe pode sair, mas volta. A criança consegue entender que, embora se ausente temporariamente, a mãe existe.


As crianças em geral, procuram em bichinhos de estimação, quando estão cansadas, para o ritual do ir para a cama. As boas que eles provocam serão a garantia de um sono tranquilo.

Não precisa haver preocupação se o filho anda com um cobertorzinho sujo para cima e para baixo. Isso não significa carência afetiva, falta de amor ou insegurança. É a forma que a criança encontrou de administrar a própria ansiedade, especialmente quando está longe dos pais.

O apego a um objeto só é preocupante se se tornar obsessivo, se a criança for incapaz de se separar da mãe para ir à escola, por exemplo, se ficar agarrada ao seu paninho sem se relacionar com outras crianças, deverá receber uma atenção especial.


O apego ao objeto, fora de hora, é um sintoma de que alguma coisa não vai bem.O fim do objeto transicional ocorre justamente quando a criança vai para escola sem a mãe ou o objeto que a representa. “É porque ela já não precisa mais disso: está segura”.


Maria Adelaide Reis

Psicóloga Clínica


 
 
 

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